Confira a avaliação da nova geração do esportivo, que chega ao Brasil ainda neste semestre
SLK 2012 tem visual totalmente novo, e chegará ao Brasil pouco após lançamento nos EUA e Europa
A melhor das boas notícias sobre a terceira geração do Mercedes-Benz SLK é que ele não é mais o frangote que era quando começou sua vida há quinze anos. Não que o primeiro SLK não tenha sido um grande sucesso logo de cara, afinal, toda a produção de 1997 foi vendida. A época era certa para um roadster compacto de luxo. Mas oSLK 2012 finalmente parece carregar os mesmos genes nobres que nos deram o icônico 190SL da década de 1950 e a família SL de hoje.
O projetista-chefe Gorden Wagener é sucinto quanto ao desenho do SLK: “Nossa receita para um carro esportivo é muito simples: capô longo, uma cabine que fica visualmente quase em cima do eixo traseiro e uma traseira curta e arisca.” A nova postura agressiva do SLK é dominada por uma grande estrela de três pontas abrindo caminho no meio da grade dianteira ereta, dividida por uma lâmina horizontal cromada. É o novo visual institucional da Mercedes-Benz, e ele é poderoso. Ele também é particularmente esguio – no fim das contas, ajustes no desenho e aerodinâmica do SLK baixaram o coeficiente de arrasto de 0,32 para 0,30.
Uma versão menor daquela lâmina cromada destaca uma entrada de ar encaixada em vincos da carroceria em cada para-lama dianteiro, guiando seus olhos pelos flancos suaves do SLK até as novas lanternas traseiras. Mais perceptíveis à noite, os largos conjuntos horizontais de luzes são compostos exclusivamente de LEDs e envolvem sutilmente os cantos até as laterais. Uma fina faixa de LEDs também passa sobre cada farol, servindo de luzes de uso diurno. Completando o visual viril do SLK, rodas imponentes de 18 polegadas e cinco raios. Nosso carro de testes estava calçado com pneus Continental ContiSportContacts – 225/40 na frente e 245/35 atrás.
A julgar pela rota de testes distribuída por Tenerife, a maior das Ilhas Canárias espanholas, ficamos gratos pelo novo SLK também se comportar melhor do que aquele carro efeminado de antes. A Mercedes adora as Ilhas Canárias para fazer demonstrações para a imprensa. Um dos motivos é que o sol brilhando o ano todo é praticamente garantido. A parte surpreendente é como as estradas são traiçoeiras: de retas, lisas e rápidas até sinuosas, onduladas, estreitas e assustadoras. Você tem que confiar bastante em seu equipamento para convidar hordas de pés-de-chumbo estrangeiros durante quase um mês para judiar de seu novo carro em estradas tão exigentes. Não que os engenheiros da Mercedes sofram de falta de confiança. E a confiança deles fica no lugar certo.
Um carro muito mais robusto do que seu antecessor, o SLK 2012 é baseado na nova plataforma da Classe C, então tudo de bom naquele carro também serve para o roadster. A suspensão de braços múltiplos tem dois níveis de aprimoramentos esportivos – uma suspensão rebaixada com molas e amortecedores mais rígidos, e o pacote Dynamic Handling com amortecedores variáveis controlados eletronicamente que alternam entre os modos esporte e conforto. Mesmo os mais esportivos de nós corremos para o modo conforto quando chegamos ao interior vulcânico da ilha, onde a estreita faixa de asfalto que corta o parque nacional Llano de Ucanca tinha uma qualidade picotada que nos fez procurar nervosamente por sinais de vida no terceiro maior vulcão do mundo. A mudança do modo esporte para o conforto foi imediata e perceptível.
Um carro muito mais robusto do que seu antecessor, o SLK 2012 é baseado na nova plataforma da Classe C, então tudo de bom naquele carro também serve para o roadster. A suspensão de braços múltiplos tem dois níveis de aprimoramentos esportivos – uma suspensão rebaixada com molas e amortecedores mais rígidos, e o pacote Dynamic Handling com amortecedores variáveis controlados eletronicamente que alternam entre os modos esporte e conforto. Mesmo os mais esportivos de nós corremos para o modo conforto quando chegamos ao interior vulcânico da ilha, onde a estreita faixa de asfalto que corta o parque nacional Llano de Ucanca tinha uma qualidade picotada que nos fez procurar nervosamente por sinais de vida no terceiro maior vulcão do mundo. A mudança do modo esporte para o conforto foi imediata e perceptível.
O SLK 350 chegou nos Estados Unidos em junho impulsionado pelo maior dos motores da Classe C – o V6 3.5 litros com injeção direta e duplo comando de válvulas no cabeçote, com 306 cv disponíveis em 6500 rpm. A transmissão automática de sete velocidades 7G-Tronic, que teve uma melhoria considerável, pode ser controlada pelas borboletas no volante ou pela alavanca no console central no modo manual. Mas, deixada à própria vontade, ela é super precisa e bastante rápida no modo esporte, ainda que um pouco mais relaxada no modo econômico.
O motor turbo de 204 cv com quatro cilindros e injeção direta, que é tão prazeroso no novo Classe C, vai chegar no SLK 250 “mais tarde”, com uma transmissão manual de seis velocidades ou com o câmbio de sete marchas do SLK 350 como opcional. Esse turbo de quatro cilindros é um segundo mais lento de 0 a 100 km/h, mas é limitado aos mesmos 250 km/h e tem um consumo urbano/rodoviário estimado 9,8/13,2 km/l contra os 8,5/12,3 km/l do V6. Ainda assim, o motor de quatro cilindros deve ser ainda mais divertido no SLK do que no Classe C. Ele é cerca de 45 kg mais leve e faz o SLK 250 parecer mais ágil, simples e fácil de conduzir nessas serras. Um novo volante com o lado inferior reto foi o instrumento de precisão perfeito com o qual comandar essa condução.
A verdadeira sagacidade do SLK é o sistema de motorização do teto conversível. O SLK foi lançado com um teto rígido retrátil, o que ainda é esportivo nos dias de hoje. O equipamento é engenhosamente compacto, dobrando-se tão bem sobre si mesmo que ainda deixa um razoável espaço no porta-malas. Quando o modelo 2004 chegou, a Mercedes acrescentou o brilhante Airscarf, algo como “cachecol de ar” – saídas de ventilação no encosto que sopram ar quente na sua nuca e cabeça, mantendo-o tão confortável com a capota abaixada que cerca de 80% dos SLKs saem da fábrica com esse opcional.
Outra boa novidade, a Mercedes desenvolveu três opções de tetos para o SLK 2012: o teto padrão pintado na mesma cor da carroceria, o panorâmico de vidro e o teto de vidro com a função Magic Sky. Ao toque de um botão, o “céu mágico” desse teto de vidro altera sua transparência. Tanto no modo claro quanto escuro, o vidro eletrocromático bloqueia os raios ultravioletas e infravermelhos. O modo escuro não apenas escurece o interior, ele também consegue deixar os componentes como apoios de braço até 10 °C mais frios.
A estrutura do teto agora é de magnésio, o que economiza seis quilos, e melhorias no mecanismo aceleraram sua operação para vinte segundos (contra 22 antes) e liberaram um pouco mais de espaço no porta-malas (agora são 181 litros com o teto retraído e generosos 286 litros com o teto levantado). Outro novo opcional é o Airguide, que é um anteparo de plástico transparente que gira em cada santantônio para bloquear a turbulência na cabine.
Nunca houve espaço de sobra dentro do SLK e o novo modelo não é diferente. Um passageiro de 1,85 m com pernas de 90 cm mal cabe quando o banco está todo afastado, abrindo mão de poder reclinar para ganhar um precioso espaço para as pernas. Mas os bancos são perfeitamente confortáveis e seguram bem o corpo, com apoios laterais altos e apoios para cabeça eficientes. Novos air bags para a cabeça são incorporados às portas, e as bolsas para o tórax no encosto dos assentos protegem os passageiros em colisão laterais. O Assistente de Atenção monitora motoristas sonolentos, enviando uma vibração pelo volante quando se ultrapassa a faixa delimitadora de pista.
Outros novos opcionais do SLK incluem um programa de orientação para estacionamento, uma tela de controle colorida de sete polegadas em lugar da nova tela padrão de 5,8 polegadas, iluminação interna em vermelho ao entrar e sair do carro e faróis bixenônio ativos. A maior parte dos opcionais são encontrados em uma série de pacotes, como de hábito.
De qualquer forma, o SLK já não tem nada de frangote. Seja na aparência, desempenho ou postura. Se você não concorda, talvez você vá querer esperar pela versão bombada AMG. A Mercedes-Benz não especifica sua data de lançamento, mas, quando ela chegar, será realmente uma excelente notícia.
FONTE: Auto Esporte
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